Dar ou não mesada para seu filho?


Segundo a literatura, o ideal é que se comece a dar mesada para crianças a partir de 7/8 anos de idade, que é quando a criança começa a entender o que é o dinheiro e o que é o gasto. Em minha opinião, o principal a ser observado é a maturidade da criança, para assim você saber de que forma introduzir o assunto finanças na vida dela, em qual valor e se por semana ou mês.  Um dos objetivos da mesada é a consciência de dividir com a criança um pouco da responsabilidade, de dar valor ao dinheiro. Obviamente, é dar um dinheiro que ele possa controlar, e até mesmo perder ou gastar sem moderação, para que ele possa iniciar sua educação financeira ainda bem novo. A mesada/”semanada” é a melhor ferramenta para que a criança entenda o que é o dinheiro, seu valor, como poupar e como gastar.

-Estipule um valor e explique ao seu filho como administrá-lo, ou seja, pra que e com quê ele irá gastar o dinheiro. Oriente seu filho sobre a melhor forma de dividir a quantia que lhe foi dada. Caso ele queira algum brinquedo/roupa/tênis que seja mais caro, ensine-o a gastar menos em um mês para que no outro ele consiga ter mais dinheiro para comprar aquilo que quer.

– Estimule seu filho a sonhar. Pergunte-o que ele quer ter em períodos diferentes, todos claro, observando sua maturidade pra entender inclusive o que é o tempo.

– Ensine a relação de valor entre tempo x dinheiro. Ou seja, ele precisa ter consciência que é possível ter o lanche dele na escola, mas às vezes será preciso abrir mão de algum passeio ou alguma outra coisa para conseguir comprar aquilo que ele deseja mais naquele momento.

– Dê a ele responsabilidade! Se você deu dinheiro para ser administrado em uma semana ou em um mês e seu filho gastar tudo, você pai/mãe não pode arcar com as “dívidas” dele, afim de que ele entenda que o dinheiro precisa ser melhor divido. Claro que com bom senso, com calma, respeitando a idade e o entendimento do seu filho. Mas filhos precisam aprender sobre limites, sobre todos aspectos e inclusive financeiro.

Lembre-se: os filhos são reflexos dos pais. É importante os pais darem bons exemplos.

Exemplos (lembre-se que o mais importante é a maturidade, as idades são somente uma referência):

1 a 5 anos: já pode ensinar instruindo a criança a apagar a luz quando não tiver usando e a acelerar no banho por estar gastando água, e tudo isso, também custa dinheiro.

6 a 10: começar com semanada, dar o dinheiro do lanche da escola e do final de semana, pra sábado e domingo o que ela costuma fazer não precisar de te pedir, já usar o dinheiro que estava com ela desde a “segunda-feira”.

A partir de 10 anos: pode se propor uma troca com a criança, vou contar um caso verídico muito interessante que certa vez uma pessoa me contou em uma das minhas palestras: o pai combinou com o filho que a cada dia que ele levasse o lixo fora de casa antes do caminhão de lixo passar, que ele daria pro filho 1 real e que a cada vez que o filho falhasse, ele descontaria 2 reais. Este é o exemplo mais claro de como ensinar o valor do dinheiro para uma criança, a verdade é que perder/gastar dinheiro é muito mais fácil que ganhar! Neste caso, o dinheiro que o filho tinha ao final de cada mês era dele para fazer o que ele “quisesse”.

Cada um de vocês deve usar estas informações como um norte e não como a única saída.

 


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